sábado, 15 de setembro de 2012

vibe mood



Levando em consideração que são quatro e meia da manhã e que isso ainda é uma extensão da minha noite, pós uma festa open bar, qualquer um poderia pensar que eu estou bêbada. O caso, no entanto, é, naturalmente, diverso. É só uma questão de largar as palavras no vento mesmo.
Hoje foi uma noite estranha. Estranha mesmo, porque tudo que eu acreditava que poderia acontecer, aconteceu sim, mas de forma diferente. É estranho quando a gente não sabe como reagir às novas situações. E eu sei que eu pareço sempre estar no controle de tudo, mas isso não é verdade. Eu quase nunca consigo guiar as rédeas dos meus atos. É muito mais como se eles me guiassem e me pusessem em situações que eu nunca pensei antes.
Mas nada é por acaso e pelo menos esse princípio eu vou saber defender. Tudo acontece por uma razão - o sim e o não querem dizer muito mais que três letras e atrás da cortinas existe uma imensidão pronta para ser explorada. Mas, mesmo assim, a gente continua esperando que a vida nos coloque diante de tudo, assim, esfregando a cara na porta, sem que façamos esforços para isso, não é? Mas eu posso entender isso. Afinal, como diz a música: assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade. Quem sabe não é isso que o destino quis dizer?
O anti-acaso, como eu prefiro chamar, ou o destino, como o resto do mundo chama, deve ter percebido que eu tenho a mania de esquecer o pé no acelerador. Eu esqueci que eu estava dirigindo dois carros ao mesmo tempo, embora ocupasse o banco do carona. Esse deve ser o jeito dele, do anti-acaso, de me dizer que eu tenho que levar as coisas com calma e muito tato. É o universo conspirando para me dizer que, se eu não for esperta o bastante, ao fim do dia eu serei a mesma estúpida de antes. De muito antes.
Não sei se o fato de eu ter tido uma semana carregada de provas tem algo a ver com isso, ou se só se trata de fatores externos mesmo, mas a minha cabeça virou um caos. E eu sei que eu quero gritar ao mundo que todos os passageiros estão usando cinto de segurança, mas não estão. Há uma superlotação em um dos carros, pessoas gritando, elas fazem barulho, falam muito alto e até em outras línguas. Não calam a boca. Minha mente passa um turbilhão de ideias e eu continuo repetindo para mim mesma: as coisas são como tem que ser, então não se estresse com nada, porque nada vai mudar por causa disso. Prejudicará apenas a sua pessoa.
E a gente foge dos prejuízos, né?
Coloquei um sorriso na cara e complementei com três doses de energia pura para gastar numa pista de dança.
Por alguma razão, pareceu mentira tudo aquilo. Pareceu mentira a justificativa que eu dei essa noite. Pareceu mentira e talvez até tenha sido, mas quem vai saber? Eu sei? A única coisa que eu sei é que eu confio que mesmo tendo parecido mentira, não era.
E todas as expectativas sobre o que é viver foram embora para dar lugar a uma única certeza: o mundo gira de formas diferentes, mas sempre por uma razão. É só uma questão de adaptar e sintonizar as frequências dos giros dos mundos. É uma questão de vibrar na mesma bad ou good trip para poder, finalmente, como diria Cássia Eller, realinhar as órbitas dos planetas.
Afinal, de choque, já basta esse aqui.

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